terça-feira, 22 de julho de 2008

acordar, sentir seu cheiro, ver voce se mexer, respirar. acordar. dormir.
a janela, a claridade, a paisagem
um sol às 7, às seis, os passarinhos
às cinco os lixeiros e as carroças. O frio.
até as oito, um beijo de despedida, e até a rua: o sol nas cercas e nas grades das casas.
palmeiras, pitangueiras. Ameixeiras quase gêmeas plantadas em lados opostos das calçadas.
um prédio, um terreno baldio e mais adiante, antes do portão, uma jaboticabeira que respira de peito cheio.


Ainda não olhei para, nem de onde ela olha.

terça-feira, 8 de julho de 2008


Desce do alto do prédio, pelo lado de fora, Dom Quixote, cavaleiro andante, vestido de terno. Acha um mendigo e faz dele seu fiel escudeiro, Sancho Pança. Dá ao carrinho coletor de material reciclável do mendigo o aclamado título Rocinante, o Rocin d'Antes da existência de qualquer outro Rocin na face da Terra.
Devaneia pelas ruas da cidade e
degladia com caminhantes, tratores e foi cair no meio da rua, inconsciente depois de uma terrível batalha com feiticeiros mascarados.
Então, a polícia o levou.