segunda-feira, 21 de junho de 2010

todo dia que sou, sou eu indiferente. diferente todos os dias sou. caminhando, olhando para o mundo, compondo pensamentos, costurando os dias da minha vida em uma colcha fina e desbotada.
todo dia olhando para a vida, vivendo os dias, vivendo as palavras e a consciência, a parte que não se perdeu.
todos os dias confusos, enluarados, nublados, alegres, tranqüilos, tediosos, quase se repetindo, o novo do dia. Os dias acontecendo como se fossem simples, como acontece ao tempo abrindo a flor vermelha ou branca do jardim.
dia de ibisco, tensão extrema de peso do ser, que ainda não sabe deixar tudo ser como é.
dia de querer, dia de precisar muito de tudo o que não devo me aproximar, como da minha raiva e perder meus sentimentos, como da minha razão, que não pode deixar de existir, nem se sobressair, ir além de mim.
tudo uma gota fluindo na existência. Filosofia do Ser, o Ser e o Eu que eternamente convivem e disputam sem saber; pois sendo, somos Um.